13.7.05

Imaginary Heroes

Esse filme é IMPERDÍVEL! É um drama sobre a instabilidade de uma família após o suicídio de um filho, mas é leve, inteligente e tem (até) humor, principalmente nos diálogos da personagem de Sigourney Weaver - que está excelente, como nunca vi. O ator Emile Hirsch, que faz o papel principal, é outra revelação. Eu me identifiquei muito com ele em vários aspectos, talvez por isso que tocou. Ainda tem Jeff Daniels no papel do pai.

Muito emocionante, chorei várias vezes (mas essa sou eu, choro à tôa...) e depois soube que o autor/diretor, Dan Harris, tinha só 25 anos quando fez esse filme. E que belo filme! Vou acompanhar a carreira desse cara, que deve ser um gênio. Aliás, antes de saber de quem era o script, pensei que tinha vindo do teatro, porque é texto que se encaixaria naturalmente como uma peça...

A principal mensagem é uma espécie de "de perto ninguém é normal". A família perfeita, classe média-alta americana, de cidade pequena, vivem uma vida hipócrita e tão frágil como um castelo de cartas. E é a realidade da maioria dessas famílias. Eu me lembro que vi tudo isso de perto quando morava nos EUA numa cidade que tinha o mesmo perfil. As pessoas vivem numa espécie de disneylandia da felicidade, onde aparentemente tudo é acessível, tudo pode ser comprado, tudo é possível, tudo é bonito, limpo. O problema, na minha opinião, é que nada é espontâneo, nada é único. É tudo muito, mas muito impessoal. As pessoas não conseguem ser espontâneas e não se sentem únicas. Não criam uma identidade pessoal e o ambiente onde eles vivem é exatamente igual a outros milhões espalhados pelo país. O que se esconde por trás disso tudo são pessoas vazias, extremamente infelizes. E o filme conta como tudo isso explode de repente, dentro de uma família so-called "perfeita"...