26.5.05

Irresistível!


Luca...pedindo alguma coisa muito importante pra ele naquele momento (passear ou comida). Coisa mais amada!!! Dá pra resistir esse olhar de pidão?

Querubim


Bernardo Beloch (filho do Bru)...meu sobrinho querubim.

Hors-concours

Pinot Noir

Wino Forever (Tattoo do Johnny Depp após término com Winona Ryder)

Tava adiando, adiando, adiando...mas não teve jeito.

Sem nada na cozinha ou na despensa, lá fui eu fazer um programão no meu feriado e me meti dentro de um supermercado pra fazer a compra do mês de junho todo (e assim não ter que passar perto de mercado pelo menos por mais 30 dias).

Vi vinhos ótimos com preços excelentes e não me contive - levei vários e improvisei uma adega embaixo da pia da cozinha. Levei o Terrazas Malbec, Cabernet e o Finca Flichman Cabernet e Chardonnay por menos de 30 reais cada -- são vinhos de categoria "popular" na Argentina e com preços muito injustos aqui no Brasil. Espero que seja a baixa do dólar ou uma baixa dos impostos de importação - e que os preços continuem caíndo! De qualquer maneira, fiz o meu estoque e tô feliz por isso...

Vinho me traz a lembrança das melhores cenas do filme Sideways (tem filmes que conseguem me ganhar com apenas uma frase bem dita) - veja como Maya, personagem de Virginia Madsen descreve a sua paixão por vinhos ao Miles (Paul Giamatti):

"Wow, this is really starting to open up, what do you think? I started to appreciate the life of wine, that it's a living thing, that it connects you more to life. I like to think about what was going on the year the grapes were growing. I like to think about how the sun was shining that summer and what the weather was like. I think about all those people who tended and picked the grapes. And if it's an old wine, how many of them must be dead by now. I love how wine continues to evolve, how if I open a bottle the wine will taste different than if I had uncorked it on any other day, or at any other moment. A bottle of wine is like life itself - it grows up, evolves and gains complexity. Then it tastes so fucking good."

SMS

Daniel era um amigo de colégio, o mais CDF e o mais inteligente, mas também o mais tímido, um loirinho de cabelo-capacete com cara de russo e olhos castanhos puxados. O que ele mais gostava de fazer era passar a hora do recreio na biblioteca, sozinho, lendo.

25 anos depois.

Daniel me avista num restaurante do Leblon. Chamo-o para sentar. Falamos sobre a biblioteca do recreio, os livros empoeirados e misteriosos, amigos do passado que não fazem mais parte do nosso presente, como não fazíamos um ao outro minutos antes, escritos em hebraico com potencial para futura tatuagem, a superação da timidez, como você não mudou nada, tá com a mesma cara de criança, aquele mesmo olhar espaçado, aquele jeito de folha caída que voa, que dança, conforme a vontade do vento, e o vento ainda não parou quieto, a ventania te levou e te trouxe até aqui, pra esse restaurante, no Leblon, onde te reencontrei, e de longe te vi e te reparei e te reconheci, e quero sim, vamos sim, até amanhã, me dá seu telefone e te dou o meu, me escreva uma mensagem de texto sms, um sms que diz tudo, um email marcando um encontro sem contar com a minha presença, um oi no msn, grita o meu nome, me mande um fax, um sinal de fumaça, e me diz o que é e o que não é, porque o que não é eu sei e já saquei, então use uma das maneiras infinitas de contato porque o que restou da nossa intimidade ainda é um resto, um resquício, como aquela água sem gelo que você pediu um dia, e sempre pede, no mesmo restaurante do Leblon, Daniel.