E no Brasil, ainda não tinha nada parecido. As Saraivas, Fnacs e etc viriam depois e mesmo assim, nunca com a mesma variedade. Além dos livros, tinha ainda uma seção de revistas e jornais do mundo inteiro, uma seção de CDs com ênfase em música clássica, uma seção infantil só de livros e brinquedos educativos, uma seção de papelaria (incrível) , outra de cartões e presentes e um restaurante - The Café - delicioso. E uma livraria com uma seção específica de livros sobre cavalos...não tem como negar, virou um dos meus points favoritos, lugar que voltaria sempre,pelo menos uma vez por semana, para passar horas e horas "browsing". Numa época que esse verbo se aplicava aos livros, e não à internet....
Eu sempre fui fascinada por livrarias, desde pequena, e meu sonho (ou um dos sonhos rs) era ser dona de uma, e com o tempo, o sonho foi se sofisticando e a minha livraria, que seria supostamente numa casinha antiga na Zona Sul, seria uma sede da Shakespeare & Co., ou no mínimo possuir a mesma atmosfera, mesmo décor da loja de Paris ou NY e o andar de cima, literalmente um quartinho com cama e tudo aonde supostamente dorme o gato da manager. Pausa pra fotos da loja de Paris:



Mesmo sem o sonho realizado, sempre que viajo, a primeira coisa que procuro nas cidades é uma livraria, e de vez em quando me surpreendo. Foi numa pequena e charmosa livraria de Tel-Aviv, por exemplo, que guardo na memória o momento mais bacana de uma viagem que fiz a Israel quando eu tinha 17 anos. Também foi nessa livraria que comprei a minha cópia dos Irmãos Karamazov, um dos meus favoritos de todos os tempos. Na minha infância, acho que quando tinha 4 ou 5, adorava um livro (que até eu aprender a ler, aos 6, alguém lia pra mim) que era sobre uma menina que pegava caxumba e ficava de cama até a chegada do médico. Queria lembrar o nome, mas me lembro dos detalhes da história e até do cheio desse livro cheio de desenhos que me fez ficar FELIZ quando eu realmente peguei caxumba. Coisas de criança. Voltemos ao diário. Eis algumas fotos.






Almoçei no restaurante dentro da livraria, no Brontë Bistro, o soup + salad special e uma Diet Coke. Comprei só alguns cadernos moleskine dessa vez, pois meu plano não era comprar nada ainda lá, já que voltaria "várias" vezes.
Andei mais um pouco pela cidade, voltei pra casa e recebi a visita da Angie, uma das minhas melhores amigas da época que eu morava lá. Adorei revê-la, passamos muitos bons momentos juntas, era sempre nós 3: eu, Clayton e Angie. Como uma vez nós nos embebedamos juntas com Chivas, no dia do show do Prince (que na época se chamava um símbolo e se referiam à ele como TAFKAP - The Artist Formerly Known as Prince - ela me trouxe, de presente, uma garrafinha de 500 ml de Chivas 24 anos, daquelas de bolso! Amei e fiquei sem coragem de dizer que depois desse porre resolvi, nunca mais, me arriscar no escocês, que a minha praia agora era vinho e cerveja. Mas é LÓGICO que não disse nada e adorei a garrafinha, que está agora no meu barzinho, e talvez nunca abra.
Demos um tempinho em casa, uma cervejinha gelada, e fomos jantar, eu Clayton e Angie, num restaurante italiano, o Puccini's. Ainda não tinha começado a fotografar meus pratos - mais adiante, nesse blog, fará parte do diário a foto de tudo que comi rsrsrs. Mas lembro que tomei Stella Artois e comi angel's hair pasta com um molho maravilhoso, mas não lembro agora. É um restaurante de rede, daqueles com 500 filiais pelos EUA, então nada de super especial a não ser uma comida bem decente.