31.7.05


Mais um final de semana de frio no s�tio...

27.7.05

A Louca

Ontem fui com algumas amigas num pocket show da Angela Rô Rô. Foi risível (exatamente por isso que fomos, pra rir). Ela cantava assoando o nariz e entre as músicas, Eis o diálogo que travamos após o primeiro bis (ela já estava fora do palco, o público pedindo músicas):

Eu: - Não vou embora antes de você cantar 'Escândalo'.

Rô Rô: - Querida, então você que faça seu próprio escândalo.

Ela tem uma voz ótima, mas a pessoa dela é...irk irk irk num grau!

26.7.05

Um Fotolog Improvisado

Segue uma série de fotos tiradas durante o final de semana passado. Subimos no sábado, 23/07, para a festa julina da Lídia (mãe da Sol!) e da Dinha em Araras. Me diverti muito na festa, que além de gente tudo de bom tinha comida típica e boa pra cacete, quadrilha, puxadores que também tocavam e cantavam bem, pescaria, prendas, cerveja geladíssima e muito alto astral. Depois fomos para o sítio, na maior friaca, e jogamos mau-mau até a exaustão. Rimos muito o tempo todo e no dia seguinte mal acordei fomos para a pracinha de Nogueira almoçar uma empadinha extraordinária (famosa nas redondezas, esqueci o nome do local) que de quebra também tinha um sonho de comer ajoelhada. Depois demos um bordo no Horto, em Itaipava, para uma cerveja gelada e voltamos para o Rio. Foi tudo muito bom mesmo, me diverti como há tempos não conseguia.

Semana que vem pode ser que tenha um repeteco - sans festa julina mas com show em Petrópolis - seguido de churrasco, no dia seguinte.

25.7.05


E no dia seguinte, já com a devida compostura, fomos almoçar a melhor empadinha da Serra em Nogueira e depois passamos no Horto, onde foi tirada essa foto liiinda. Tô aí prestes a receber um beijo na bochecha da minha amiga que eu adoro! Descemos logo depois para o Rio e se tudo der certo, final de semana que vem é a vez do churrasco.

Na Madrugada Fria ...


Tava tão frio que improvisamos o jogo na frente da lareira e um sonzinho no DVD. Eu ou a Marcinha tirando da Carmel, Gi e Alice...aquele lugar é tuuudo de bom pra mim, eu amo e sempre quando vou pra lá, fico feliz. Saio de lá mais feliz e mais leve, sempre. Altíssimo astral!

Já no Sítio, mesma noite


Chegamos no sítio por volta das 22:00h, botamos o pijama, lareira acesa, embalamos numa partida de mau-mau: minha primeira vez. Tive acessos sérios de riso...é um jogo simples e viciante...quero mais...

Festa Julina em Araras 23/07/2005


Alice, eu e Carmel. Ganhei na pescaria uma prenda inusitada: um saco de absorventes para homens. No jogo de argolas, ganhei uma vela em forma de pirâmide (que a Marcinha levou). Dei um pote de Nutella (que a Ilana ganhou na pescaria).

Festa Julina em Araras 23/07/2005


A quadrilha à mil e hilária. Minha timidez venceu a vontade de participar, mas me diverti "voyeuristicamente" (risos). Adorei!

Festa Julina em Araras - 23/07/2005


Nós chegando na festinha: eu, Gi, Alice e Marcinha. Carmel tá tirando a foto.

Letter to my brother

acabei de achar um email que mandei p/ o meu irmão no dia 24 de outubro de 1996 - 2 anos antes de voltar p/ o Brasil, mas já preocupadíssima com as minhas opções por aqui. Acabei ficando lá, trabalhei em 1997 e 1998 (em rádio e TV) e voltei...tô passada com essa carta.


Dear Brother,

I'm sorry to bother you with such a long letter. I must confess that I ramble a lot and promise not being redundant again. I must tell you my plans now. I do not intend to go back to live a wandering, underproductive, pitiful little life. Although I do know that there may be new job opportunities, I doubt they would suit me. I'm just convinced that the system does not work fairly and will do whatever it takes to downplay my abilities until I am totally sucked up and hopelessly stuck inside a maze of big lies. The reason: I just found out that the most obnoxious, incompetent, stupid, dumb, idiotic person got a high level job at that place we talked about the perfect company for me to work for. The reason? Her aesthetic qualities. I go as far to say that she got the job because of the pubic interest as opposed to the public. So why am I going to subject myself to such a hurdle? Why am I going to let my very substantial self line up in that line of mockery? I cannot bear witnessing this person's claim to fame while corrupting my soul. A soul starving for greatness cannot fall in the trap called mediocrity. I am not demanding more than I deserve. I am just thoughtfully fearing misplacement. I am already feeling the pain of abandonment, the pain of involuntarily pounding a heart in hell. See, I must care for myself. I must let my soul experience joy before it experiences sorrow. I must let my first serious working experience be the call. It is all over me. Compellingly framing my mind. And as I say, I will pursue my call. I will go after my piece of heaven, relentlessly, until I am either consumed by it or by the so-common reality, the mother of all unhappiness.
Lawfully I am entitled to a full 365 days, like a try-out to freedom. Those days will be lived and not spent. Those days will set the alarm clock. Those days are coming and I cannot wait. Please tell me what you think? Miss you.

Love,

Priscila

O Passado Me Condena Parte 1

Quanto tempo que não escrevo...bom, hoje estou devolvendo o notebook da empresa que estava comigo, e passei horas essa noite passando o que queria preservar para disquetes velhos - pois esse notebook não tinha gravador de CD e eu só tenho em casa disquetes velhos, usados (essa coisa do passado) então o trabalho foi duplo. Estavam todos cheios e tinha que apagar tudo que tinha neles pra poder salvar o que eu queria - pouca coisa porque não cabe quase nada. Nesse vai-e-vem de arquivos velhos, encontrei coisas que escrevi quando morava fora...coisas que nunca reli depois que voltei pra cá. Vou postar espeficifamente uma carta (tem partes hilárias)que escrevi quando trabalhava no canal de televisão FOX-56, supostamente uma carta pra imigração pedindo extensão do meu visto de "practical training", que me dava direito de apenas um ano de trabalho legal...e eu tinha pretensões de ficar por lá por mais algum tempo. Esse trabalho foi o meu primeiro lá (quer dizer, eu estagiei como cameraman antes risos) e eu era a assistente-de-vendas-secretária-mulé-do-café-telefonista tudo ao mesmo tempo. Adorava, era garota e sabia que estava lá por um tempo curto. Ao ler essa carta - adorava escrever auto-gozações no mesmo estilo - fiquei perplexa porque o meu inglês, depois de quase 9 anos de volta ao Brasil, definitivamente não é mais o mesmo. Não tenho mais o vocabulário que eu tinha...me deu a maior tristeza ao constatar isso. Hoje seria incapaz de escrever assim. Bom, o Tom M o que "assina" era um executivo de vendas ruivo, mas ruivo fogo, vermelhão mesmo e sarará, que tinha um labrador chamado Tyson e por causa do labrador dele que comprei o meu labrador, o Luca. O Tyson era enorme e o Luca pequeno. Briguei com o Tom porque ele chamava o Luca de "runt" (o mesmo que "anão" pra gente!). O Tom engoliu a seco porque o Luca foi um late bloomer. Pena que ele não viu como ele ficou. Bem, tô rambling. O Tom ficou muito meu amigo - cheguei a me apaixonar perdidamente por ele mas o namoro não durou mais que 1 mês, eerrr uns 20 dias, eu acho. Ou até menos. Na minha memória existem apenas 2 saídas (rs), mas fiquei super confusa por causa dele, o que, thanks God, logo passou. Ele que assinaria a suposta carta que, lógico, nunca foi enviada. Se me lembro bem, acho que nem ele viu. Não, definitivamente ele não viu.

Eis o texto (é meio longo, mas vale a pena...o poeminha no final então...cruzes. credo. cruz credo!) .


Lexington, February 17th, 1998

To: Department of Justice
1221 Liberty Avenue
Washington D.C.

Dear Immigration Officer,

I write this letter in behalf of Priscila Beloch, who works as a local sales assistant at WDKY-TV in Lexington, Kentucky. She is my personal assistant and I would like to express my thoughts about the extreme importance to have her visa extended so that way she would keep working for me.


Although Ms.Beloch has only been working in the company for 3 months, she has excelled at all tasks. In that short period of time, she undoubtedly became essential not only for the entire company but especially for me. Just imagine this scenario that happened last week: Ms. Beloch was unfortunately stuck in her habitat due to a snow storm around her surroundings. Any plain Jane would be unable to drive anywhere or snorkel through the snow in order to hail a cab, a lift, or a passenger bus. But, instead of staying home in bed, laughing at the opportunity to miss work in such horrendous weather conditions, Ms. Beloch managed to shovel all the snow around her vehicle. Taking advantage of her immense creativity and extra time, she also managed to build a snowman just to make the little kids around her apartment complex happy. Then the unimaginable happened: after successfully turning on the engine of her car (which by the way is a miracle, because her car is such a hooptie with no will to start when it’s freezing), already thanking the Almighty for the blessing of letting her go to work to do the things she enjoys the most, she realizes that all the tires are bald. In order to protect her health and avoid a potential collision, Ms. Beloch, weeping, calls her boss saying that she would be unable to drive to work that day because she is afraid of risking her and other people’s life on the journey. Needless to say, the boss decides to call off the day because the most essential working arm wouldn’t be able to make it. Just to prove how extraordinary Ms. Beloch is, she took advantage of having some documents from work at home and spent the whole day brainstorming and writing down new brilliant ideas to be presented on the next day, when she showed up for work at 4 AM to make up the missed hours.

Just to add another impressive data: I can never forget the day that Ms. Beloch went to work even though she was going through a 105 degree fever, anemia, pneumonia, gradual loss of sight, and labirintitis. She managed to do her job with an I.V. stuck in her arm and innumerous caplets of non-drowsy Quill (don’t remember if it was Nite or Day). From this day, hangs on her wall a little medal of recognition given by the Association for the Extremely Productive Aliens in America (AEPAA). No one in that office, and I might add, any other office in the face of this world if given the chance, would ever be able to forget how amazing Ms. Beloch was for being there that day. It was one of those rarest moments in life, seeing something so amazingly touching. And I must confess: I cried like melting butter, no, like a depressed onion peeler, no, like a puppy having his tail cut off – you name it. To put it short, Ms. Beloch is also a heroine (not the drug).

I cannot express my thankfulness to you for letting this one in a million person continue to work for me. But I know that you, respectful mister immigration man, want to know a detailing outline of her abilities and what exactly makes Ms. Beloch such an essential worker. Below, I compiled a little cute chart with her chores and performance rates:


  • The copy machine - she removes paper jams at a speed never before seen. She usually skips lunch hour just to unjam everybody’s jams. She is also an ambulant manual for the copier. The person initially responsible for the machine threw out the original hard copy because she expects to count on Ms. Beloch forever.
  • Coffee, please! - well, you might be thinking that she actually walks all the way to the cafeteria, brew some, and take to the boss. No. She carries around her waist, at all times, a little computerized portable coffee maker that she invented herself. It’s sensible to the boss’s “coffee please” (hence the name) requests, and it works automatically, also amazingly fast. By the way, the patent to this incredible invention is pending.
  • Contracts - you know, as a sales department, we are always dealing with contracts and a huge amount of paperwork. Ms. Beloch’s routine consists of tearing them apart and distributing copies 1 and 2 around, while saving copies 3 and 4 for filing. You won’t believe this, but Ms. Beloch has a little miniature bouncing ball for each one of us sales people, and attached to it a clip that holds the contracts and paperwork. She throws the balls at each cubicle and here we are, all of our papers sitting there (she’s a 100% shooter), saving all of us both precious time and leg work.
  • Contract keying - she punches contracts on the computer using her finger extensions; even if she’s way far away from the computer and someone (like me) needs something to be keyed right away, for the same day’s log, she activates her fingers and keys them from any distance in a 100 yards radio.
  • Punching holes on the binding device - we work to make sure that every single hole in our office is being punched by Ms. Beloch. I have never seen anybody else in this world who can punch with such a perfection. Sometimes we even call her “the official puncher” because her punch is what makes those holes alive, happy, and asking for a binder.
  • Need to close an envelope without having to God damn lick them? Ms. Beloch has this very useful wax taped on the extremity of her nose. No envelopes have ever been mailed out so properly sealed.
  • Working on the telephone switchboard - everybody in the office voluntarily stopped answering direct calls just for the pleasure of having Ms. Beloch answer and announce them on the pager system. She’s also the only one able to handle a gazillion of calls simultaneously by productively using the echo technique, in which she is a pioneer.
  • TV Scan - she became the only one in history able to deal with that crappy, idiotic, obsolete, boring, annoying software that I never use because I’m neither an idiot nor obsolete.

Well, I guess that’s it, although I can never say enough of Ms. Beloch. All I ask is for your understanding and willingness to let this perfectly functional workaholic heroic human being stay in the United States of America for the sake of WDKY’s well being. She is the essence of the word ESSENTIAL WORKER. If there is one thing I’m afraid I have to say that is negative about her, maybe is her constant refusal to mop around. She won’t do it and I kind of agree with her. But other than that, Mr. Immigration Officer, she will not only do, but do with the brilliance of a diamond that came from a Brazilian mine.


I hope you will grant her the much deserved extension, and if you’re kind enough, a green card that will become God’s gift, just like the green pastures of this blessed land we call Kentucky, USA.

With all my respect,

Tom M
WDKY’s A.E. and one of Ms. Beloch’s boss.


P.S.: You can reach me anytime during business hours in order to discuss about Ms. Beloch and if you’d like to hear many many many more qualities she so extraordinarily possesses.

“God damn,
a paper jam!
Oh! Man,
It’s TV Scan!
Skip lunch
just to punch
Bind you may
or you shall say
“Coffee’s ready!”
Fast and steady
For me to praise
means that she
deserves a raise
She needs to become
an american resident
so that way we can
elect her our president
!”

(caralho que vergonha desse poema risos...)

Vou postando aqui outras bizarrices de minha autoria que "garimpei" de disquetes velhérrimos ontem. Por hoje é só...

20.7.05

Os filmes que vi ontem 3


Hide and Seek

Mais uma tentativa de reviver o filme Sexto Sentido. Chegaram quase lá: eu me surpreendi com o final e depois fiquei com vontade de rever o filme desde o início para tentar identificar as "pistas". Acabei assistindo novamente as principais cenas com o comentário do diretor. Um filme pra me deixar assim, curiosa, é difícil! E Robert de Niro com Dakota Fanning é imperdível. Apesar de estar contracenando com De Niro, a garota (de 9 anos quando filmou isso) rouba todas as cenas...é algo mais do que impressionante. Como já escrevi uma vez nesse blog, nunca vi coisa igual em toda minha vida, ela é única. E é pra correr e alugar esse filme já... não é nada light mas também não dá tão medo quanto um filme de terror. A versão do DVD é legal porque traz 4 finais alternativos, e o que mais gostei não foi o final "oficial". Ainda tem Elizabeth Shue e Amy Irving no elenco.

Hide and Seek

Os filmes que vi ontem 2


In Good Company

De um modo geral...ok, mais pra mais ou menos do que "gostei". Um drama com toques de humor, sobre relações familiares e no trabalho - injustiças que ocorrem hoje em dia no mundo dos negócios depois de aquisições, etc. Começou bem melhor e depois foi me chateando, fiquei meio impaciente de vê-lo até o final, ainda mais depois do primeiro filme que vi (terrível). Mas vi até o final e depois os extras. Ah meio sem saco de falar sobre esse filme. Bom...no final das contas só valeu a pena pelas performances do Dennis Quaid - não via nada dele há um tempão, é um ótimo ator que só anda fazendo filmes de ação (o cara tá envelhecendo bem também) - e da Scarlett Johannson, que eu adoro, e quem não adora, sempre cool nos papéis que faz. É a atriz dos olhos mais expressivos do cinema hoje. Que o diga Woody Allen, já que Scarlett é sua nova "musa" - estrela de Match Point, seu filme deste ano que foi apresentado recentemente numa avant-premiere no Festival de Cannes (com críticos clamando ser a sua "obra-prima"), mas que ainda não estreou oficialmente; e de seu filme em produção para estrear em 2006. Gostei também de uma surpresa, que foi a presença, em duas cenas curtinhas, da Selma Blair - adoooro desde que ela fez o papel de Cyane. That's it.

Os filmes que vi ontem


Diary of a Mad Black Woman

Escolhi esse filme pra ver primeiro - a comédia. Nunca vi um filme começar tão bem: a primeira meia hora é ótima, achei que seria um filme incrível...e que a crítica do O Globo (bonequinho indo embora do cinema) estava exagerando, afinal de contas um filme que ficou em primeiro lugar na bilheteria americana por mais de duas semanas não poderia ser, assim, tão ruim. O bonequinho estava certo, e pena que assisti até o final o que foi uma das piores porcarias que já vi em toda minha vida. Uma grande baboseira! Um dramalhão, chaaato, faaaaaaaaaaaake (cheio de falso moralismo) com pouquíssimas cenas realmente engraçadas (parece que todas na primeira meia hora mesmo). O cara quis misturar num filme só comédia escrachada, comédia pastelão, drama familiar, drama moral, questões religiosas e mais alguns outros temas. A cena da "Madea" fazendo as contas numa calculadora o prejuízo da separação de sua sobrinha e outra no tribunal são impagáveis - e só. O script é um erro - essa tentativa de enfiar mais de 10 histórias diferentes num filme só; e a direção...que direção num filme que não sabe pra onde ir cena após cena?

18.7.05

Truth

“There are very few human beings who receive the truth, complete and staggering, by instant illumination. Most of them acquire it fragment by fragment, on a small scale, by successive developments, cellularly, like a laborious mosaic.”

(The Diary of Anaiis Nin)

Hearts

“How frail the human heart must be--a mirrored pool of thought. So deep and tremulous an instrument of glass that can either sing or weep.”

(Sylvia Plath)

Insônia

Tô assistindo Globo Rural.

Notícia principal: 10 mil pessoas compareceram ontem à Festa do Ovo.

Aprendi que dono de granja produtora de ovos no Brasil é, impreterivelmente, descendente de japonês.

E que durante o evento, a barraca do omelete foi a mais procurada.

Agora sim. Depois dessa notícia dá pra dormir mais um pouco.

Trio de Vasos


As 3 apareceram vestidas IGUAIS ontem. Detalhe: nada foi combinado!

Violência

Estava com desejo de salada Ceasar e pizza fininha e combinei de jantar com os meus pais no Gattopardo as 10 da noite. Eles viriam da Barra. Quando chegaram no início de São Conrado, me ligaram pra avisar que não tinham como passar porque o trânsito estava todo parado e os carros voltavam de ré. Desconfiaram que a Rocinha estava novamente em guerra, um dia depois do tiroteio e daquelas explosões dentro do Túnel 2 Irmãos. Depois soube que uma blitz provocou a lentidão e que o medo e a desconfiança (domingo a noite tudo parado?) fizeram os motoristas desistirem de passar pela "Faixa de Gaza".

Tá virando rotina... eu já vivi isso na pele. Estava dentro do carro naquele viaduto que liga a Barra ao Elevado do Joá, sentido Zona Sul. Tinha saído de um restaurante japonês com uma amiga, indo para o Leblon, por volta de meia-noite. De repente formou-se um pequeno engarrafamento, achei estranho. De repente olhei pra frente e vi um bonde armado com metralhadoras e fuzis assaltando e roubando carros, um pouco à frente do meu. Abandonamos o carro e saímos correndo, a pé, desesperadas. Outros carros tentavam dar ré, pessoas gritavam, um caos, medo, um sentimento de impotência terrível.

E aconteceu logo com uma amiga que sempre evitava ir à Barra alegando a distância e o medo. Naquele dia tinha conseguido convencê-la a ir ao cinema e depois num restaurante japonês que eu adoro no Rio Design Barra. Depois disso, ela prometeu que nunca mais pisaria na Barra (que falta de sorte também, né?)

Acabei jantando rápido uma salada e quesadillas no Caroline, pertinho da minha casa, com o meu cachorro e meu Ipod.

17.7.05

Na Estante

Nunca tive uma pilha tão grande de livros me esperando ansiosamente para lê-los. Todos inquietos lá na estante, lado ao lado, me olhando todo dia como se fossem amarelar horrores com o passar das horas. Só de passar pela estante já me sinto "literalmente" cobrada. Ganhei alguns de aniversário no mês passado, outros comprei com a avidez de quem iria lê-los no mesmo dia. Aliás, nada mais gostoso do que entrar numa livraria, se interessar por um título ou achar algum livro super recomendado, correr pra casa e começar a jornada adentro. Normalmente é assim. Mas confesso que a atribulação desses últimos meses me tirou a capacidade de concentração, a calma que preciso ter para poder ler. Sou do tipo que não consegue ler uma linha - paro na mesma frase, releio a mesma ad eternum - se houver alguma distração. Nada externo - barulho da TV, música baixinha, sirenes, campainhas, sons urbanos etc e tal não me atingem tanto. A distração é o pensamento paralelo enquanto tô lendo. Nem o livro mais interessante do mundo é capaz de segurar o turbilhão de emoções do meu imaginário quando este tá funcionando à exaustão. Faz parte do meu "the end and the beginning", eu sei. Pois é, estou me sentindo mais em paz e eis a lista deles, em ordem de prioridade de leitura. Começando hoje mesmo, pra valer.

1- Memória de Minhas Putas Tristes (o novo do Gabriel Garcia Marquez)
2- A Cura de Schopenhauer (de Irvin Yalom, o mesmo autor de Quando Nietzsche Chorou)
3- Desejo de Status (de Alain de Botton, autor de As Consolações da Filosofia)
4- O Vôo da Madrugada (de Sérgio Sant'anna, ganhador do Prêmio Jabuti de 2004)
5- Sem Logo (de Naomi Klein, ensaio sobre a influência das marcas)
6- Os Grandes Contos Populares do Mundo (contos variados e famosos de todo canto do mundo mesmo)
7- Achei Que Meu Pai Fosse Deus (do Paul Auster, já tinha começado e parei.)
8- Caio 3D - O Essencial da Década de 1970 de Caio Fernando Abreu (já tô lendo aos poucos...)
9- Do Amor (Stendhal - procurando uma cópia desse livro, ainda não achei. Já li alguns capítulos mas era emprestado, devolvi).

Ainda não sei se vou cumprir a ordem acima...

13.7.05

The Staircase


Morte na Escadaria - Imperdível. Estréia 10 de agosto no GNT (41).
(Super dica de F. e MM.)

Sandy puxando fumo com seu filho Tim

Sigourney Weaver e Emile Hirsch (Imaginary Heroes)

Imaginary Heroes

Esse filme é IMPERDÍVEL! É um drama sobre a instabilidade de uma família após o suicídio de um filho, mas é leve, inteligente e tem (até) humor, principalmente nos diálogos da personagem de Sigourney Weaver - que está excelente, como nunca vi. O ator Emile Hirsch, que faz o papel principal, é outra revelação. Eu me identifiquei muito com ele em vários aspectos, talvez por isso que tocou. Ainda tem Jeff Daniels no papel do pai.

Muito emocionante, chorei várias vezes (mas essa sou eu, choro à tôa...) e depois soube que o autor/diretor, Dan Harris, tinha só 25 anos quando fez esse filme. E que belo filme! Vou acompanhar a carreira desse cara, que deve ser um gênio. Aliás, antes de saber de quem era o script, pensei que tinha vindo do teatro, porque é texto que se encaixaria naturalmente como uma peça...

A principal mensagem é uma espécie de "de perto ninguém é normal". A família perfeita, classe média-alta americana, de cidade pequena, vivem uma vida hipócrita e tão frágil como um castelo de cartas. E é a realidade da maioria dessas famílias. Eu me lembro que vi tudo isso de perto quando morava nos EUA numa cidade que tinha o mesmo perfil. As pessoas vivem numa espécie de disneylandia da felicidade, onde aparentemente tudo é acessível, tudo pode ser comprado, tudo é possível, tudo é bonito, limpo. O problema, na minha opinião, é que nada é espontâneo, nada é único. É tudo muito, mas muito impessoal. As pessoas não conseguem ser espontâneas e não se sentem únicas. Não criam uma identidade pessoal e o ambiente onde eles vivem é exatamente igual a outros milhões espalhados pelo país. O que se esconde por trás disso tudo são pessoas vazias, extremamente infelizes. E o filme conta como tudo isso explode de repente, dentro de uma família so-called "perfeita"...

Sem justiça não há Estado.

12.7.05

Mais Filmes

Filmes para assistir hoje e amanhã:

1- MAR ADENTRO
2- FASCINATION
3- EDUKATORS
4- IMAGINARY HEROES

Ratificação de um Sentimento

"Numa fase de transição qualquer, é natural que as coisas fiquem meio confusas. E acredite, o melhor a fazer neste caso, é não fazer nada. As emoções a flor da pele só fazem distorcer a realidade. Seus atos ganham proporções gigantescas e nem sempre são interpretados da maneira como deveriam ser. Deixe quieto que, uma vez a poeira assentada, as certezas se definem sem esforços. Sentimentos, intenções e vontades não sofrem mais influência de circunstâncias superficiais. Estão puros. Consistentes, ficam claros. E ai, quando a gente percebe que tudo aquilo que dizia sentir realmente procede, que não era birra, dor-de-cotovelo ou algo do gênero, a sensação que dá é que você não depende mais do outro para ser feliz. É como se a felicidade já estivesse no simples fato de se conhecer, se assumir numa boa, e se conformar com a situação. Não é preciso se violentar. Não há incompatibilidade entre ser fiel àquilo que sente, e seguir adiante. Há orgulho e conforto".

PS: esqueci de creditar na hora que copiei e agora não tô achando o nome da autora

(Rescue Me...)

Bette Davis como Margo Channing


"I'll admit I may have seen better days... but I'm still not to be had for the price of a cocktail, like a salted peanut".

"So many people know me. I wish I did. I wish someone would tell me about me".

"As it happens, there are particular aspects of my life to which I would like to maintain sole and exclusive rights and privileges".

Bill: -Many of your guests have been wondering when they may be permitted to view the body. Where has it been laid out?Margo: - It hasn't been laid out, we haven't finished with the embalming. As a matter of fact, you're looking at it - the remains of Margo Channing, sitting up. It is my last wish to be buried sitting up.

11.7.05

A Malvada

Filmes que vi nas últimas 48 horas: All About Eve, Corpos Ardentes, When Will I Be Loved, Enduring Love, Reencarnação e Bicicletas de Belleville.

All About Eve (A Malvada)
- Bette Davis perfeita como Margo Channing. O filme é de 1950 e só vi pela primeira vez agora. O que é a VOZ de Bette Davis (além dos famosos olhos?)Ela me lembrou a Susan Sarandon o tempo todo, como são parecidas...em tudo, até o jeito de atuar. O filme é conta como uma mulher ambiciosa e sem escrúpulos (Anne Baxter como Eve Harrington, a "malvada") consegue se tornar uma atriz famosa de teatro, passando por cima de tudo e de todos. O script do filme é brilhante, além de sua época.

Recomendo a leitura desse resumo/crítica aqui nesse site: http://www.filmsite.org/alla.html

Mais detalhes sobre os outros filmes que vi em outros posts, amanhã ou depois...

Nada Pra Fazer.

Três bruxas olham três relógios Swatch. Qual bruxa olha qual relógio ?

Three witches watch three Swatch watches. Which witch watch which Swatch watch?

Três bruxas travestidas olham os botons de três relógios Swatch .. Qual bruxa travestida olha os botons de qual relógio Swatch?

Three switched witches watch three Swatch watch switches. Which switched witch watch which Swatch watch switch ?

AAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHH